segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O homem é livre para fazer o que quer?

Na verdade, o homem é determinado e livre

Necessário significa “tudo aquilo que tem de ser e não pode deixar de ser”. Nesse sentido, a necessidade é o oposto de contingência, que significa “o que pode ser de um jeito ou de outro”.

Contrapondo-se ao determinismo, há teorias que enfatizam a possibilidade da liberdade humana absoluta, do livre-arbítrio, segundo a qual o homem tem o poder de escolher um ato ou não, independentemente das forças que o constrangem. Segundo essa perspectiva, ser livre é decidir e agir como se quer, sem qualquer determinação causal. Quer seja exterior (ambiente em que se vive), quer seja interior (desejos, caráter). Ser livre é, portanto, ser incausado.

A liberdade é a capacidade para darmos um sentido novo ao que parecia fatalidade, transformando a situação de fato numa realidade nova criada por nossa ação. Essa força transformadora, que torna real o que era somente possível e que se achava apenas latente como possibilidade, é o que faz surgir uma obra de arte, uma obra de pensamento, uma ação heróica, um movimento anti-racista, uma luta contra a discriminação, uma resistência à tirania e a vitória contra ela. Nosso desejo e nossa vontade não são incondicionados, mas os condicionamentos não são obstáculos à liberdade e sim o meio pelo qual ela pode exercer-se.